sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Evento Camisu de Krioula 2010 Transferido para o dia 05 de Dezembro Domingo


O clima de instabilidade que hoje cerca a cidade do Rio de Janeiro, gerado pelos lamentáveis incidentes desta semana, levou a produção do evento a transferir da data de realização do evento Camisu de Krioula 2010 para o próximo domingo, dia 5 de dezembro, no mesmo local.
Essa preocupação foi manifestada, inclusive, pelo público freqüentador de nossas atividades.
Dessa forma, o evento Camisu de Krioula 2010 será realizado no próximo domingo, dia 5 de dezembro, no mesmo local. Serão mantidas todas as atividades previstas.
Assim, acreditamos, será possível preservar nosso público e contribuir com o esforço do Estado para dar um fim a tão lamentáveis incidentes.
Esperamos contar com a compreensão da Família Camisu de Krioula

Contamos com a presença de todos(as), até lá!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Seleção de Expositores


Camisu de Krioula 2010
Moda, Cultura e Tradições, Homenagem as Mulheres da Cultura e Religião Afro-Brasileira
Estamos selecionando expositores para integrar o evento em sua 2ª edição e que trabalhem com: Moda Afro, Moda Popular, Comidas Típica, Artesanato em geral, entre outros.
A seleção irá até o dia 24 de Novembro de 2010.
Maiores informações entrem em contato:
Telefones: (21) 3271-7550 / 3256-7901 / 3256-7910
Celular: (21) 9734-6544
Coordenação Geral - Fátima Negrann

terça-feira, 12 de outubro de 2010

História do Camisu



O “CAMISU”, roupas usadas pelas mulheres negras na época da escravidão, costumavam dançar e cantar para mantererem vivas as suas origens, matando as saudades de sua terra natal.

Compõe roupa de baixo e por cima é usada a bata para formação da roupa de "Crioula" usada como peça de destaque na composição de roupa de ração, roupas de cerimônias de Orixás, Vodus e Inquices, esse modelo tradicional é usado até os dias atuais em cerimônias religiosas.

No estado da Bahia, no século XIX, os trabalhadores negros ainda usavam roupas brancas, de grosseiro tecidos de algodão. A veste baiana de origem africana, usada pelas negras que carregavam seus filhos nas costas com esse grande pedaço de tecidos. O traje de crioula insere-se como indicador de uma visualidade específica da mulher negra nascida no Brasil, que poderia ser livre, liberta ou escrava, mas era antes de tudo descendente da escravidão e de uma memória africana na Bahia do século XIX. Mesmo em situação de migrações forçadas, os elementos culturais singulares foram mantidos, com um ou outro traço identificador. As crioulas, nesta época, carregavam em seus ombros o pano-da-costa, identificador de uma matriz africana, uma África que estava geograficamente distante e paradoxalmente próxima.

O uso do pano-da-costa estava relacionado com o papel sócio-religioso da mulher dentro do Candomblé. Elas também incorporaram em seu traje elementos da cultura que era hegemônica como as saias com bico de renda, batas e camisus bordado em richelieu.

Ao relacionar o objeto de estudo, o traje de crioula, ao contexto sóciohistórico, levanta-se a discussão acerca das roupas que os negros e negras utilizavam, de acordo com sua condição de africano ou crioulo, liberto ou nascido livre, e ainda as roupas que utilizavam em ocasiões especiais como nas festas das Irmandades de Negros que eram comuns no século XIX.

Um dos grandes fatores que estão colaborando em dar continuidade a essa homenagem em 2010, são as personalidades participantes desse evento, onde as mesmas são praticantes e ou simpatizantes da religião e da cultura afro e que possuem uma bagagem bem significativa da mesma, através de seus conhecimentos e uma grande vontade de desenvolver, mostrar e preservar o seu significado através de seus trabalhos e suas contribuições dentro dessa cultura.

Nossa finalidade é registrar através dos ritmos, moda, danças e costumes, uma forma de interagir e contribuir com a cultura afro-brasileira que hoje, se faz tão singular e que com o passar dos anos aprendemos com nossos ancestrais a importância desta tradição.

O nosso principal objetivo é dar visibilidade à trajetória da cultura afro-brasileira e africana, sua representatividade e africanidade em nossa sociedade. Através dos costumes, maneiras de se vestir, e das mulheres que contribuem com a história do bom e velho samba e sua correlação com a religião afro-brasileira.

A identificação com a religião afro-brasileira não é somente baseada num passado de lutas, mas sim, de como este grupo se reconhece e se define dentro da sociedade brasileira.

“Cultura não é coisa dos trabalhadores da Arte e da Cultura, diz respeito a toda Sociedade"

segunda-feira, 11 de outubro de 2010